So Caetano de Thiene  

Comemorao litrgica: 07 de agosto  -  Tambm nesta data:  So Xisto II, Papa e Mrtir e So Vitrcio

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Breve histrico da Ordem (clique aqui)

FUNDADOR DA ORDEM DOS TEATINOS

CLRIGOS REGULARES DA PROVIDNCIA DIVINA - CR

 

So Caetano,  fundador  da Ordem dos Caetanos ou Teatinos, nasceu em  1480, em Vicenza, de pais  ilustres  e  virtuosos. Logo aps o batismo, foi a criana,  pela me oferecida e  consagrada Santssima Virgem. No ficou sem efeito a orao de sua me. 

Desde  pequeno Caetano mostrava grande amor orao a obras de caridade.  Exemplar em tudo, era entre os  companheiros de infncia chamado "o Santo".  

Mais  tarde fez os estudos, doutorou-se em direito civil e  eclesistico e  do Papa Jlio II recebeu a  ordenao sacerdotal.   Morto este Papa, Caetano voltou sua terra  e  dedicou-se quase exclusivamente ao servio hospitalar. Sua nica  ambio era  salvar almas. O povo dizia: "Caetano no altar Anjo, no plpito Apstolo". No perdia  ocasio de  conduzir almas a  Deus Nosso Senhor, o que lhe importou o apelido: "Caador de almas" . 

Na segunda viagem a Roma, fundou, com trs companheiros, uma nova Ordem, cujo plano era:  A santificao prpria, combater a  tibieza e  ignorncia entre o clero, regenerar  os costumes da sociedade, observar escrupulosamente as  cerimnias litrgicas, restabelecer  o respeito e  reverncia na casa de Deus, exterminar as heresias e assistir aos doentes moribundos;  numa  palavra: - praticar a  verdadeira ao apostlica

Os companheiros co-fundadores da Ordem, foram: 1.  Bonifcio de Colli, sacerdote do Oratrio,  reunia qualidades semelhantes a do seu amigo Caetano. Amabilidade, serenidade e doura, faziam de si homem repleto do amor de Deus. 2.  Paulo Consiglieri, pertencia famlia Chislieri, da qual sairia mais tarde o Papa So Pio V (Antnio Chislieri).  3. Joo Pedro Carafa, bispo da Igreja, dotado de habilidades diplomticas e prestgio incomparvel.  Os Papas lhe confiaram diversas misses, dentre as quais, planos de reforma  empreendidas pela cria romana. A urgncia de levar a Igreja a uma transformao radical e necessria foi que levou-o a  conhecer o belo projeto de So Caetano, a quem humildemente pediu admisso como companheiro na Ordem. Trinta anos depois, veio a assumir o trono pontifcio com o nome de Paulo IV, em cujo pontificado permaneceu de 1555 a 1559.                                                                                                                             

Aos religiosos deu uma regra, que os obrigava perfeita pobreza, proibindo-lhes no s aceitar a  mnima recompensa  pelos trabalhos, mas  vedando-lhes at pedir esmola.   Por mais rigoroso que isto o parecesse, houve muitos  que pediram ser aceitos como membros da nova Ordem. A primeira casa foi fundada  em Roma. Um ano depois a  invaso do Exrcito Imperial f-los sair da Cidade  Eterna. Uma segunda casa  foi fundada em Npoles. Devido interveno enrgica de Caetano, a heresia luterana no conseguiu tomar p naquela cidade. 

Apstolo do bem, era Caetano de  extremo rigor contra si mesmo. A vida era-lhe o jejum contnuo, uma penitncia  sem fim. Verdade que,  nisto no lhe consistindo a santidade, Deus o distinguiu com privilgios e  dons  extraordinrios. Muitas  vezes  teve  aparies de  Nossa Senhora, das quais  a  memorvel foi a  da noite de Natal, em que Maria Santssima  se  dignou   apresentar-lhe o Divino Infante.  Contam-se  s centenas  as  curas maravilhosas  feitas  pela orao do santo servo de Deus. Em muitas  ocasies predisse o futuro, com uma certeza  tal, que no deixou dvida de  t-la recebido diretamente de Deus. 

A srie de  obras de caridade para com o  prximo quis Caetano remat-lo com uma, que lhe mereceu a  gratido do povo de Npoles. As autoridades  civis  e eclesisticas de Npoles  tinham  resolvido  estabelecer  o tribunal da  Inquisio, para ter uma arma forte contra a  heresia  que vinha da Alemanha. O povo se ops a  esta  idia  e  a  tal ponto chegou sua  excitao, que era para se recear um levantamento geral. Os homens  mais influentes em  vo se esforavam  para tranqilizar a populao. So Caetano, prevendo o enorme prejuzo que da resultaria  para as almas, ofereceu sua vida a Deus, pedindo-lhe que  a  aceitasse, para que fosse conservada a paz e  concrdia  entre o povo e as autoridades. Deus aceitou o sacrifcio. Caetano adoeceu gravemente e morreu. Imediatamente amainou a tempestade e  os espritos se acalmaram, fato que todos atriburam  interveno do Santo.  As ltimas palavras  que disse  foram:  " No h outro caminho para o cu, a no ser o da inocncia e  o da penitncia.  Quem abandonou  o primeiro, tem de trilhar o segundo".  Caetano morreu em  1547.  

Reflexes: 

A   vida de So Caetano, vivida atravs da pureza e penitncia, apresenta  ainda outras coisas  nossa considerao, por exemplo, o desapego dos  bens  terrestres e  a confiana ilimitada na Divina Providncia. O mal de muita  gente  uma preocupao exagerada com as coisas  do mundo. Com receio de experimentar prejuzo, no se do pena de  rezar de  manh e de noite, de ouvir a santa Missa. A ateno est concentrada  num ponto s: ganhar dinheiro.  Que sem  a  bno de Deus nada conseguem, uma circunstncia de que no se lembram. No devemos pertencer  a  essa  classe de gente. A nossa  confiana deve estar em Deus, que veste os lrios  do campo e  d alimento s aves do cu. Procuremos primeiro o reino dos cus e  tudo o mais  nos ser dado por acrscimo. 

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   Referncias bibliogrficas: 1. Na luz Perptua,  5.  ed., Pe. Joo Batista Lehmann, Editora Lar Catlico - Juiz de Fora - Minas  Gerais,  1959.    2. Orao das Horas - Editora Vozes, Paulinas, Paulus e Ave-Maria, 1996.