Comemorao litrgica: 11 de outubro. Tambm nesta data: Santos: Jaime, Alexandre e Zenaide Pontificado 1958 a 1963 Nasceu no dia 25 de Novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e provncia de Brgamo (Itlia), e nesse mesmo dia foi batizado com o nome de Angelo Giuseppe; foi o quarto de treze irmos, nascidos numa famlia de camponeses e de tipo patriarcal. Ao seu tio Xavier, ele mesmo atribuir a sua primeira e fundamental formao religiosa. O clima religioso da famlia e a fervorosa vida paroquial foram a primeira escola de vida crist, que marcou a sua fisionomia espiritual. Ingressou no Seminrio de Brgamo, onde estudou at ao segundo ano de teologia. Ali comeou a redigir os seus escritos espirituais, que depois foram recolhidos no "Dirio da alma". No dia 1 de Maro de 1896, o seu director espiritual admitiu-o na ordem franciscana secular, cuja regra professou a 23 de Maio de 1897. De 1901 a 1905 foi aluno do Pontifcio Seminrio Romano, graas a uma bolsa de estudos da diocese de Brgamo. Neste tempo prestou, alm disso, um ano de servio militar. Recebeu a Ordenao sacerdotal a 10 de Agosto de 1904, em Roma, e no ano seguinte foi nomeado secretrio do novo Bispo de Brgamo, D. Giacomo Maria R. Tedeschi, acompanhando-o nas vrias visitas pastorais e colaborando em mltiplas iniciativas apostlicas: snodo, redao do boletim diocesano, peregrinaes, obras sociais. s vezes era tambm professor de histria eclesistica, patrologia e apologtica. Foi tambm Assistente da Ao Catlica Feminina, colaborador no dirio catlico de Brgamo e pregador muito solicitado, pela sua eloquncia elegante, profunda e eficaz. Naqueles anos aprofundou-se no estudo de trs grandes pastores: So Carlos Borromeu (de quem publicou as Atas das visitas realizadas na diocese de Brgamo em 1575), So Francisco de Sales e o ento Beato Gregrio Barbarigo. Aps a morte de D. Giacomo Tedeschi, em 1914, o Pade Roncalli prosseguiu o seu ministrio sacerdotal dedicado ao magistrio no Seminrio e ao apostolado, sobretudo entre os membros das associaes catlicas. Em 1915, quando a Itlia entrou em guerra, foi chamado como sargento sanitrio e nomeado capelo militar dos soldados feridos que regressavam da linha de combate. No fim da guerra abriu a "Casa do estudante" e trabalhou na pastoral dos jovens estudantes. Em 1919 foi nomeado diretor espiritual do Seminrio. Em 1921 teve incio a segunda parte da sua vida, dedicada ao servio da Santa Igreja. Tendo sido chamado a Roma por Bento XV como presidente nacional do Conselho das Obras Pontifcias para a Propagao da F, percorreu muitas dioceses da Itlia organizando crculos missionrios. Em 1925, Pio XI nomeou-o Visitador Apostlico para a Bulgria e elevou-o dignidade episcopal da Sede titular de Areopolis. Tendo recebido a Ordenao episcopal a 19 de Maro de 1925, em Roma, iniciou o seu ministrio na Bulgria, onde permaneceu at 1935. Visitou as comunidades catlicas e cultivou relaes respeitosas com as demais comunidades crists. Atuou com grande solicitude e caridade, aliviando os sofrimentos causados pelo terremoto de 1928. Suportou em silncio as incompreenses e dificuldades de um ministrio marcado pela ttica pastoral de pequenos passos. Consolidou a sua confiana em Jesus crucificado e a sua entrega a Ele. Em 1935 foi nomeado Delegado Apostlico na Turquia e Grcia: era um vasto campo de trabalho. A Igreja tinha uma presena ativa em muitos mbitos da jovem repblica, que se estava a renovar e a organizar. Mons. Roncalli trabalhou com intensidade ao servio dos catlicos e destacou-se pela sua maneira de dialogar e pelo trato respeitoso com os ortodoxos e os muulmanos. Quando irrompeu a segunda guerra mundial ele encontrava-se na Grcia, que ficou devastada pelos combates. Procurou dar notcias sobre os prisioneiros de guerra e salvou muitos judeus com a "permisso de trnsito" fornecida pela Delegao Apostlica. Em 1944 Pio XII nomeou-o Nncio Apostlico em Paris. Durante os ltimos meses do conflito mundial, e uma vez restabelecida a paz, ajudou os prisioneiros de guerra e trabalhou pela normalizao da vida eclesial na Frana. Visitou os grandes santurios franceses e participou nas festas populares e nas manifestaes religiosas mais significativas. Foi um observador atento, prudente e repleto de confiana nas novas iniciativas pastorais do episcopado e do clero na Frana. Distinguiu-se sempre pela busca da simplicidade evanglica, inclusive nos assuntos diplomticos mais complexos. Procurou agir sempre como sacerdote em todas as situaes, animado por uma piedade sincera, que se transformava todos os dias em prolongado tempo a orar e a meditar. Em 1953 foi criado Cardeal e enviado a Veneza como Patriarca, realizando ali um pastoreio sbio e empreendedor e dedicando-se totalmente ao cuidado das almas, seguindo o exemplo dos seus santos predecessores: So Loureno Giustiniani, primeiro Patriarca de Veneza, e So Pio X. Depois da morte de Pio XII, foi eleito Sumo Pontfice a 28 de Outubro de 1958 e assumiu o nome de Joo XXIII. O seu pontificado, que durou menos de cinco anos, apresentou-o ao mundo como uma autntica imagem de bom Pastor. Manso e atento, empreendedor e corajoso, simples e cordial, praticou cristmente as obras de misericrdia corporais e espirituais, visitando os encarcerados e os doentes, recebendo homens de todas as naes e crenas e cultivando um extraordinrio sentimento de paternidade para com todos. O seu magistrio foi muito apreciado, sobretudo com as Encclicas "Pacem in terris" e "Mater et magistra". Convocou o Snodo romano, instituiu uma Comisso para a reviso do Cdigo de Direito Cannico e convocou o Conclio Ecumnico Vaticano II. Visitou muitas parquias da Diocese de Roma, sobretudo as dos bairros mais novos. O povo viu nele um reflexo da bondade de Deus e chamou-o "o Papa da bondade". Sustentava-o um profundo esprito de orao, e a sua pessoa, iniciadora duma grande renovao na Igreja, irradiava a paz prpria de quem confia sempre no Senhor. Faleceu na tarde do dia 3 de Junho de 1963. Fonte: site do Vaticano - www.vatican.va Corpo Incorrupto (fonte: www.oremosjuntos.com) Em 27 de maro de 2001, um cardeal presente durante a abertura do atade do Papa Joo XXIII manifestou que seus restos estavam como se tivesse morrido ontem, depois de 38 anos de seu falecimento. "Nenhuma parte de seu corpo estava decomposta", declarou o cardeal Virgilio Noe, Proco Maior da Baslica de So Pedro. O corpo foi trasladado para um local mais acessvel na Baslica. Seu rosto luz tranqilo, a serenidade que teve em vida ainda se mostra presente em sua expresso, numa urna de cristal exposta no Vaticano, a partir de 3 de junho de 2002. Nota da Redao: O corpo do Papa Joo XXIII, por ocasio da sua morte, foi submetido a tcnicas qumicas, no de embalsamao, pelo menos no sentido clssico, conforme declarou o prprio Prof. Gennaro Goglia, numa entrevista concedida ao semanrio Famlia Crist, em sua edio italiana. Uma das principais razes para a ao do processo ( base de formalina), foi a aplicao junto aos tecidos internos destrudos pelo cncer, isso para eliminar todas as bactrias locais. Houve tambm aplicao de lquido especial que atingiu os capilares, havendo, em tese, a possibilidade da incorruptibilidade estar associada a uma tcnica nova, criada pelo Prof. Goglia. Como no trata-se de embalsamao, mas de uma experincia casual, h controvrsias entre o conceito de milagre e a preservao artificial dos tecidos. O Certo que, no existe nenhuma parte do corpo com o mnimo sinal de decomposio ou eventual deformao. Reflexes: Pontificados de Joo XXIII e Paulo VI (Os Papas do Conclio) por paginaoriente.com O Papa da bondade (Joo XXIII), assim como o Papa Paulo VI, enfrentou serssimas dificuldades, especialmente no tocante ao Conclio Ecumnico Vaticano II, j desde o seu advento e que seriam herdadas em seguida pelo seu sucessor. De fato, as perseguies no s persistem neste ponto, mas avanam vertiginosamente no mundo ciberntico com facetas diversamente absurdas. Em meio s grosserias desprovidas de autenticidade, sugerem o envolvimento desses dois pontfices com sociedades secretas e uma srie de outros improprios, cuja irracionalidade encerra maiores comentrios a respeito. No obstante a ignorncia humana e a maldade dos tempos, aproveita-se material imundo para fins escusos, dando-lhe, porm, forma acadmica com eloqentes requintes para conquistar apreo didtico e esmeroso respeito. Artifcio que os catlicos bem conhecem por outras deturpaes histricas advindas desse tipo de proceder: Temas como inquisio e heresias, que invadiram escolas e universidades de forma absolutamente distorcida, pelas mos de professores de quinta categoria, desprovidos de inteligncia ou raciocnio histrico-cientfico. Proporcionalmente so poucos, mas subiram aos montes e soltaram ao vento as penas do saco. Parte desse leque de mentiras, mais brandas que as primeiras, porm, no menos graves, so as acusaes relativas aos decorrentes disparates ps-conciliares, por ocasio do pontificado do Papa Paulo VI. Nessa poca, terrvel para o Papa, muitos falsos pastores, interpretando erroneamente algumas deliberaes eclesiais, fomentaram uma espcie de insurreio dentro do clero, justamente no momento em que o mundo assistia a insana proliferao de movimentos tresloucados, marcados pela contracultura, agitaes estudantis, levantes e bandeiras de liberdade e revoluo. A dialtica do proletariado lhes dava carona na batalha dos "anos rebeldes" e o fenmeno atingiu propores nunca dantes vista. Alguns setores da Igreja, queriam fazer acreditar, para a prpria perdio, que o Conclio Vaticano II fosse uma espcie de expresso paralela daquela ebulio social das dcadas de 60 e 70. Da mesma sorte, grande fatia financiada pelo "capital" de Karl Marx, fazia o jogo do comunismo, que gozava sua fase urea. Baseando-se em pontos de dbia interpretao doutrinria, o "quanto pior melhor" satisfazia plenamente aos marxistas, que fincariam sua cunha logo depois, pelas mos da insurgente teologia liberticida. Por tudo isso, no erramos em afirmar que nenhum outro Papa enfrentou situao semelhante em toda a histria como o Papa Paulo VI. Momentos de extremo sofrimento pelos desatinos, loucura, dureza de corao, dentro e fora da Igreja. Constatao bvia pelo desabafo que no conseguiu conter no peito: "Esto demolindo a Igreja!". Todavia, tentaram, mas no conseguiram, estender o mar de lama para dentro do Conclio. No atingindo o intento, deturparam em seguida o sentido das normas promulgadas e investiram poderosamente. Para ns est claro que Paulo VI segurou com rdeas curtas, o mximo que pde ao "cavalo indomado". Esta foi sua misso, assim como a do Papa Joo Paulo II, que sentiu na carne a opresso comunista, para derrubar o comunismo. Por isso, o Papa Bento XVI, por sua postura preservadora, o Papa escolhido por Deus para restabelecer o rastro que sobrou tanto de uma luta como da outra. Este o nosso parecer. Voltando questo, sugere ignorncia, quando no m-f, os ataques s deliberaes firmadas pelos Padres Conciliares. Na verdade, os abusos e as distores foram geradas externamente, mas aplicadas internamente por alguns bispos, padres e religiosos que estavam com pesamento e corao "l fora", porm, matutando o que iriam implantar "aqui dentro". Macular o culto divino e implantar suas "novidades" revelia de Roma, foi essa a inteno. Os abusos subseqentes, como bola de neve, atingiriam nveis quase insuportveis no que se refere s normas litrgicas romanas. Tanto isso verdade que o Papa Bento XVI, sem infringir ou revogar um s ponto do Conclio Vaticano II, recoloca agora o trem nos trilhos, instituindo em toda a Igreja latina um s rito litrgico, ou seja, o antigo rito romano, seja pelo uso do Missal do Papa Joo XXIII, de 1962 (Missa em latim) ou do Missal do Papa Paulo VI, de 1970, conforme Motu Proprio Summorum Pontificum, de julho de 2007 (clique aqui e acesse o documento em portugus). O Santo Padre, no momento atual, amarga a mesma dureza de corao e resistncia, assim como seus predecessores. Salta aos olhos as incompreensveis reaes dentro de alguns setores do clero, da mesma forma barulhentos e no menos danosos. Aps a publicao do aludido Motu Proprio, teve bispo na Itlia dizendo estar "de luto" pelo fato do Papa ter "sepultado as determinaes do Conclio Vaticano II". Coisa de quem desconhece o teor das homologaes conciliares, coisa de quem perdeu a noo de hierarquia, de quem resiste Autoridade da Igreja, de quem deturpa tudo para gerar confuso e diviso. E, assim, a histria se repete... Ns, como catlicos, devemos ter em mente algo bem cristalino: "Roma locuta, causa finita" - "Roma falou, causa encerrada". Quem no acredita na Autoridade divina do Papa, quem no acredita ser ele o Representante de Cristo na terra, melhor arrumar a bagagem e procurar outra seita ou religio que se lhe adapte; elas existem aos montes por a e em qualquer esquina. Em se tratando da Igreja de Cristo, melhor um contedo reduzido, porm, de qualidade, do que uma caixa repleta de frutos deteriorados. Impossvel declarar-se catlico quem discorda do Trono de Pedro. * * * * * * * * * TPICOS RELACIONADOS
Referncia biogrfica: Site do Vaticano Reflexes: Pgina Oriente.com
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