So Zeferino, Papa e Mrtir

Comemorao Litrgica: 26 de agosto. Tambm nesta data:  Santa Joana Isabel e Santa Isabel Richier

 

 

 Pontificado 199 a 217

 

 

                                              So Zeferino foi o 15 Papa a tombar, martirizado, em defesa da Igreja de Cristo.  Era natural de Roma. Dedicou-se com muita diligncia e zelo, pregando e testemunhando o Evangelho com grande virtude  e sabedoria, qualidades  que floresceram no pontificado de So Vitor I, de quem se tornaria sucessor na S apostlica.

                                               Aps o glorioso martrio do Papa So Vitor, ocorrido no dia 28 de julho de 199,  o povo de Deus, unido ao clero,  reuniu-se  em intensas  oraes, a fim de que o Senhor iluminasse o rebanho para a escolha de um digno vigrio.  Depois de onze dias de intensas oraes, o Esprito Santo manifestou-se em forma de pomba e desceu sobre a cabea do ento presbtero Zeferino,  onde repousou por um breve espao de tempo, desaparecendo em seguida.  Os fiis  logo identificaram a escolha de Deus. Por unanimidade,  o elegeram no ms de agosto daquele ano, quando assumiu honrosamente o divino governo da Igreja.

                                               Logo no incio de seu pontificado, o imperador Septmio Severo moveu, por decreto, intensa  perseguio contra a Igreja, fato que levou So Zeferino a tomar as primeiras providncias no sentido de zelar pelo rebanho, levando seu auxlio e consolo naqueles dias de grande tribulao. Pessoalmente,  de dia e de noite,  percorreu infatigavelmente diversas  casas, cavernas e locais subterrneos.  Colocou em risco a prpria vida, visitando e consolando no s os encarcerados, mas tambm os condenados, que acompanhava at aos cadafalsos.   A todos alentava com palavras e esmolas, levando a eles o Po dos fortes, regado com o Sangue de Cristo. A cruel perseguio perdurou por nove anos consecutivos, at a morte do imperador Severo, quando a  Igreja recobrou um certo perodo de paz. 

                                               Editou  importantes regras cannicas, especialmente as  relativas disciplina eclesistica.  Foi ele  quem  determinou que  os fiis catlicos comungassem,  pelo menos na ocasio da Festa da Pscoa.  Tambm, quanto aos  clices sagrados,   at ento confeccionados em madeira,  determinou  que deveriam  ser feitos, ao menos de  vidro.

                                               Durante seu pontificado, a cabea da heresia reergueu-se furiosamente.  Praxeas, que no pontificado anterior havia retratado-se da pregao de sua heresia patripasiana (negao da Santssima Trindade), novamente tentou semear sua doutrina errnea e, por isto, foi duramente combatido pelo Papa. Tambm Tertuliano, que coberto com uma capa de austeridade e  rigor,  grande desgosto causou ao Santo Padre,  aps voltar-se contra ele  mediante censuras e ataques. Arrebanhando diversos adeptos, Tertuliano mergulhou definitivamente na lama das  sua doutrina insana. 

                                               So Zeferino governou a Igreja  at o ano de 217, quando  recebeu a aurola dos mrtires no dia 26 de agosto,  sob o governo do imperador Antonino.

Reflexes:

A heresia, por ocasio da  aurora da Igreja, era uma navalha afiada,  que fez jorrar na terra um extenso rio de sangue, com o qual nossos mrtires glorificaram a Deus.  Com seu testemunho perptuo, representam o consolo,  a alegria e o orgulho dos catlicos.  A austera reao dos nossos primeiros Papas, foram levadas at as ltimas conseqncias.  A mortal valentia na preservao da santa doutrina,  impediu que ciznia vingasse em campo sagrado.  Nem por isto, deixou a heresia de permanecer s  portas da Igreja durante toda a sua histria.  Foi ela a responsvel pelas discrdias, que gerou a  disperso de milhares de ovelhas e pela danosa propagao de  seitas,  que no param de se multiplicar mundo afora. 

Ela,  que outrora, orgulhosamente levantou a cabea contra o poder divino, travou seu combate declaradamente aberto, por contar com apoio de reis, magistrados e lderes pagos.  Lutou incansavelmente, sem obter vitria sobre a Igreja de Cristo. por isso  que hoje,  a heresia no apresenta feies  to srias,  porm, no menos perigosas.  Qual serpente que se move silenciosamente,  tenta penetrar no aprisco do Senhor utilizando-se de  outras artimanhas para dar seu bote.

Devemos cultivar sincero esprito de paz, respeito e bom relacionamento com outras religies. Inclusive,  existem centros no Vaticano, especializados no estudo e prtica destinadas ao dilogo inter-religioso, que nada tem a ver com a absoro de doutrinas estranhas para agradar a esta ou aquela seita ou religio. A guerra que a Igreja moveu contra as heresias, no traduz um embate externo. A Igreja arranca, sim, toda a erva daninha que,  lanada de fora,  tenta crescer e  contaminar seu territrio. Portanto, trata-se de uma luta interna, que visa a preservao da doutrina e do culto divino.  Assim,  melhor arrumar as bagagens os simpatizantes ou  disseminadores de doutrinas alheias, pois lugar de fruto deteriorado, fora do cesto.  Infelizmente, muitos no se apercebem da malcia, na distoro das diretrizes romanas, deixando-se cair na fatal armadilha do erro.  

No Brasil,  diversas  seitas j tentaram e tentam ainda introduzir  suas doutrinas pags e costumes blasfematrios no seio da Igreja.  A macumba, o candombl, e todas as suas variaes, filhotes de tradies afro-brasileiras, investem de todas as formas para se apoiar nas paredes sagradas. Sutilmente tentam  encantar os fiis, com suas devoes, mediante analogia dos seus deuses pagos com os Santos do catolicismo.  Exemplo recente,  observa-se num segmento desta perniciosa face (o congado), que na dcada de 30,  foi duramente combatida com todas as seitas afro-brasileiras, pelo ento Arcebispo de Belo Horizonte,  Dom Antnio dos Santos Cabral e  definitivamente extirpada do territrio catlico, por ordem do Papa Pio XI.  No caso especfico do congado, Jos Aristides, na poca, desobedecendo as ordens do arcebispo, continuou com seus ritos mediante apoio da maonaria. Apresenta-se  este movimento hoje com mscara de piedade, colocando-se na condio de vtima da inquisio movida pelo Papa Pio XI.  Apelam para as  leis,  alegando que foram segregados por questes raciais.  Com um discurso enganador, que j obtm apoio da mdia, desejam introduzir seus costumes, prometendo uma Igreja Catlica moderna, onde se reza, se canta, se dana, se bebe, se come e se alegra.  Eles que praticam tais atos na periferia, querem agora se aproximar do Santo Sacrrio irreverentemente.  Que Nossa Senhora Aparecida,  em cujo Santurio negros e brancos se congregam em verdadeira filiao, devoo e piedade,  proteja o nosso Pas e  preserve o templo de Deus desta pretendida invaso, concedendo aos pastores da Igreja, o mesmo discernimento dos nossos santos mrtires.

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Referncia bibliogrfica (da histria),  na pgina de rosto - relao dos Papas, na base.