São Matias, Apóstolo

Comemoração litúrgica: 14 de maio. Também nesta data: Santas Madalena de Canossa e Petronila de Moncel

 

                                                       Não erramos em procurarmos São Matias entre os 72 discípulos de Jesus Cristo. Os Atos dos Apóstolos  referem que São Matias foi eleito pelos Apóstolos, para substituir o traidor  Judas  Iscariotes, e esta eleição se  fez nos dias depois  da  gloriosa Ascensão de Jesus Cristo e  antes da vinda do Espírito Santo. Da vida  anterior do Apóstolo, do lugar de  sua origem, nada sabemos.  O que lemos de sua atividade  apostólica, da sua  morte, não traz  o cunho da  certeza histórica.  Os martirológicos gregos afirmam que Matias pregou o Evangelho na Judéia, em Jerusalém,  depois da Etiópia, onde fundou um bispado e terminou a vida na cruz.   Outras fontes históricas confirmam a comunicação  do martirologio grego e  acrescentam que Matias morreu em Sebastópolis, onde foi sepultado perto do templo do sol. Há outros historiadores que discordam radicalmente das fontes citadas, nada dizendo do martírio do Apóstolo, mas afirmam que Matias morreu em  Jerusalém e lá foi sepultado. Há ainda uma terceira versão, segundo a qual Matias teria  sido apedrejado pelos judeus e decapitado. 

                                                       A história deixa-nos, portanto,  por completo na ignorância relativamente ao tempo e ao lugar da morte ou Martírio de São Matias. A mãe de  Constantino, o Grande, Santa Helena, trouxe as relíquias de São Matias para Roma.  Uma parte destas relíquias é  venerada na Igreja antiquíssima de São Matias em Tréves (Alemanha) e outra na Igreja  Santa Maria Maggiore em Roma.  

Reflexões:

É muito eficaz   invocar  São Matias nos momentos  de  sérias contendas, discussões acaloradas, ou agressões mútuas  que  possam culminar em séria discórdia ou tragédia.  Nestes  momentos,  ele intercede mesmo, dissipando em segundos a ira e restabelecendo a paz.  

São Clemente de Alexandria afirma que São Matias recomendava  aos neófitos as  práticas  da mortificação:  "Quem quer ser discípulo de Cristo, deve mortificar-se, castigar o corpo, levar a cruz e resistir aos apetites da carne...". São Matias pregava não a pessoas que viviam no convento, mas ao povo cristão essa lei,  que a todos  obriga.  Nos dias atuais, milhões de desculpas  existem e muitas  versões mirabolantes tentam nos afastar da prática da mortificação. Há muitas pessoas  que  se sacrificam e mortificam-se com os fardos  que o dia-a-dia impõe, mas passam a vida inteira em murmúrios e lamentações.   Saibamos, portanto, aproveitar todas as nossas dores, desde as mais sutis até as provações mais pesadas, oferecendo-as como sacrifícios pessoais em honra a Santíssima Trindade, em desagravo dos pecados cometidos pela humanidade, pelas  almas do  Purgatório e por tantas outras  intenções!  Fazendo assim,  caminhamos  no mundo honrando e glorificando a Deus, bem como  aliviando e  libertando muitas  almas do cárcere purgativo.  Lembremo-nos,   de oferecer todos os sacrifícios diários a cada manhã,  certos  que  proporcionaremos ao  Céu e ao Purgatório, muitas alegrias com as nossas amarguras presentes.    

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*********** ***********  Os Santos

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 Referência bibliográfica: Na luz Perpétua,  5ª.  ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora - Minas  Gerais,  1959.