Nossa Senhora Rainha 

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Comemorao  litrgica - 22 de agosto Tambm nesta data:  Santos Vicente de Paulo, Bencio, Fabriciano e Andr Fisole

 

 

                                                      Nossa Senhora, verdadeira Me de Jesus Cristo, Rei do Universo, invocada hoje com o ttulo de Rainha do Cu e da Terra. Antigamente a festa da realeza de Nossa Senhora era celebrada no dia 31 de maio. 

                                                     A liturgia sagrada j invoca a Me de Deus com os ttulos de Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apstolos, dos Mrtires, dos Confessores, das Virgens, de todos os  Santos, Rainha Imaculada, Rainha do Santssimo Rosrio, Rainha da Paz e Rainha Assunta ao Cu.

                                                     Este ttulo de Rainha exprime ento o pensamento de  a Santssima Virgem se  avantajar a  todas as  ordens de  santidade e de  virtude, Rainha dos meios que levam a Jesus Cristo, e de que, sendo Rainha  assunta ao Cu, j era sobre a terra, isto , Rainha reconhecida pela terra e pelo cu como sendo a criatura mais perfeita e  mais avantajada em toda a  santidade e  semelhana de Deus Criador!

                                                     Mas, quando falamos no ttulo da Realeza de Maria Santssima, trata-se da  Realeza que Lhe cabe por direito como Soberana, deduzida das  suas relaes com Jesus Cristo, Rei por direito de tudo o criado, visvel e invisvel,  no cu e na terra.

                                                    Efetivamente as prerrogativas de Jesus Cristo tem todas os seus reflexos na Santssima Virgem, Sua Me admirvel: Assim Jesus Cristo o Autor da graa, e Sua Me a dispenseira e intercessora de todas as  graas;  Jesus Cristo est unido Santssima Virgem pelas suas  relaes de Filho e ns, corpo mstico de Jesus Cristo, estamos tambm unidos a Sua Me pelas relaes  que Ela tem conosco como Me dos homens.  E assim, pelo reflexo da Realeza de Jesus Cristo, seu filho, Ela Rainha do cu e da terra, dos Anjos e dos homens, das famlias e dos  coraes, dos justos e dos pecadores que, na Sua  Misericrdia real, encontram perdo e refgio.

                                                    Oh! Se os homens aceitassem, de verdade prtica, a Realeza da Santssima virgem, em todas as naes, em todos os  Lares e  realmente pelo seu governo maternal regulassem os interesses  deste mundo material, buscando primeiro que tudo o Reino de Deus, o Reino de Maria Santssima, obedecendo aos seus ditames e  conselhos Reais, como depressa se  mudaria a  face da terra!

                                                     Todas as heresias foram,  em todos os  tempos, vencidas pelo cetro da Santssima Me de Deus. Nesses  nossos tempos, to conturbados pelas  sumas das heresias, os homens debatem-se numa pavorosa luta em que vemos e apalpamos, da maneira mais trgica, serem insuficientes os meios humanos para restabelecer a paz na sociedade humana!  De resto, demasiado puderam os homens a  sua confiana nos  sistemas  sociais, nos meios do progresso cientfico, no poder das armas  de destruio, no terrorismo,  e  tudo isso s serviu para o mundo assistir agora desorientado maldio profetizada aos homens que pem  a sua confiana nos homens, afastando-se de Deus e da ordem sobrenatural da graa!

                                                    Maria Santssima, Rainha do Cu e da terra, foi sempre a  vencedora de todas as batalhas de Deus: Voltem-se os governantes do mundo para Ela e  o Seu cetro far triunfar a causa do bem, com o triunfo da Igreja e  do Reino de Deus!

ENCCLICA DO PAPA PIO XII SOBRE A FESTA DE NOSSA SENHORA RAINHA

                                                    O Papa pio XII, em encclica dirigida aos membros do episcopado a respeito da Realeza de Maria, recorda que o povo cristo sempre se dirigiu Rainha do cu nas circunstncias felizes e sobretudo nos perodos  graves da histria da Igreja.

                                                    Antes de anunciar a sua deciso de instituir a festa litrgica da Santa Virgem Maria Rainha, assinalou o Papa:  No queremos propor com isso ao povo cristo uma nova verdade e acreditar, porque o prprio ttulo e os  argumentos que justificam a dignidade real de Maria j foram abundantemente formulados em todos os tempos e  encontram nos documentos antigos da Igreja e nos livros litrgicos. Tencionamos apenas cham-lo com esta encclica a  renovar os louvores nossa Me do cu, para reanimar em todos os espritos uma devoo mais ardente e  contribuir assim para o seu bem espiritual

                                                    Pio XII cita em seguida as palavras dos doutores e santos que desde a origem do Novo testamento at os nossos dias salientaram o carter soberano, real, da Me de Deus, co-redentora: Santo Efrem, So Gregrio de Naziano, Orgenes, Epifnio, Bispo de Constantinopla, So Germano, So Joo Damasceno, at Santo Afonso Maria de Ligrio.

                                                    Acentua o Santo Padre que o povo cristo atravs das idades, tanto no oriente quanto no ocidente, nas mais diversas  liturgias, cantou os louvores de Maria, Rainha  dos Cus. 

                                                    A iconografia, disse o Papa, para traduzir a dignidade real da bem-aventurada Virgem Maria, enriqueceu-se em todas as  pocas com obras de arte do maior valor. Ela chegou mesmo a  representar o divino Redentor cingindo a fronte de sua Me com uma coroa refulgente.

                                                    Na ltima parte do documento o Papa declara que tendo adquirido, aps longas e maduras reflexes, a convico de que decorrero para a Igreja grandes vantagens dessa verdade solidamente demonstrada, decreta e institui a  festa de Maria Rainha,  e ordena que nesse dia se renove a  consagrao do gnero humano do Corao Imaculado na Bem-Aventurada Virgem Maria porque nessa consagrao repousa uma viva esperana de ver surgir uma era de felicidade que a paz crist e  o triunfo da religio alegraro.      

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    Ttulos de Nossa Senhora 

* Referncias bibliogrficas:

- Na luz Perptua,  5.  ed., Pe. Joo Batista Lehmann, Editora Lar Catlico - Juiz de Fora - Minas  Gerais,  1959.