Comemorao litrgica: 04 de janeiro. Tambm nesta data: Santa ngela de Foligno, So Caio e So Hermes
A Rosa simboliza h muito
tempo grande mistrio. Na
catacumba de So Calixto (Sculo III) os cristos pintavam rosas como
sinal do paraso. So Cipriano de Cartago escreve que o sinal do
martrio. No sculo V a rosa j era sinal metafrico da Virgem Maria. Edulio Caelio foi o primeiro a chamar a Maria rosa entre espinhos. Quatro sculos depois o monge Tefanes Graptosusa faz a mesma comparao referindo-se pureza de Maria e a fragrncia de sua graa. Para Tertuliano e Santo Ambrsio a raiz representa a genealogia de Davi; o broto Maria e a flor, rosa, Cristo.
A venerao da Rosa Mstica remonta aos primeiros sculos do
cristianismo. No hino Akathistos
Paraclisis das igrejas
do Oriente, como uma espcie de Rosrio cantado a invocao:
Maria, Tu, Rosa Mstica, da
qual saiu Cristo como milagroso perfume. Podemos ver tambm como nas
Ladainhas Lauretanas (1587), em honra Santssima Virgem,
que trazem o ttulo de Maria Rosa Mstica.
A partir do sculo V que a
rosa passou a simbolizar Maria Santssima. As gravuras e
cones marianos orientais representam a Me Imaculada com o
Filho nos braos e uma rosa na mo. O ocidente
deu outras expresses a essa iconografia Mariana. Sob ttulo de
"Madona da Rosa" ou "Madona das Rosas", foram
executadas diversas obras
especialmente para adornar diversos Santurios no mundo.
Era noite de 3 para 4 de
janeiro de 1417, quando dois mercadores romanos dirigiram-se
localidade de Brescia, rumo Brgamo (Itlia), quando acabaram se
perdendo em um bosque dum vilarejo chamado Albano.
Estavam a oito quilmetros do destino, mas perdidos na selva,
quando foram duramente castigados pelo frio e pela fome, j que o local estava coberto pela neve.
Neste momento pediram fervorosamente auxlilo ao Senhor,
invocando a ajuda e intercesso da Virgem Maria, fazendo o firme propsito
de erguerem uma capela em sua honra, caso os libertasse daquela situao
desesperadora. Foi quando
subitamente veio do cu um raio de luz rompendo a escurido, onde um
grande feixe luminoso indicou o caminho at a entrada da cidade. Com nimo renovado, sentiram grande jbilo diante do maravilhoso milagre.
Ao aproximarem-se da baslica de Santa Maria Maggiore, quando ainda rezavam agradecendo a Deus, sucedeu-lhes um segundo milagre. A Virgem Imaculada apareceu num trono de nuvens, rodeada de rosas. Tinha no colo o Menino Jesus, que tambm trazia na mo um pequeno mao de rosas. Era um espetculo do paraso realizando-se diante dos seus olhos.
Ao amanhecer, a notcia defundiu-se rapidamente junto ao povo e tambm junto autoridade civil; o fato prodigioso foi grande sinal de benevolncia da parte do cu para a cidade de Brgamo, aflita por muitos problemas, j que a Itlia atravessava srias contendas, inimizades e discrdias, principalmente pelo fato da Igreja encontrar-se contundida pela diviso de cismas. Isto fez com que So Bernardino de Sena suplicasse uma bno especial Nossa Senhora, no mesmo instante daquela noturna apario.
Todas as intenes de erigir um templo em reconhecimento tantas graas
recebidas por parte de Nossa Senhora, foram informadas ao novo Papa
Martinho V, eleito no Conclio de Constana, em 11 de novembro de
1417. No ano seguinte (1418), foi o prprio Papa quem autorizou a
construo do templo
mariano no Monte Brgamo,
hoje Monte Rseo, inaugurada em maio daquele ano.
Os mercadores que haviam feito doaes para a primeira obra,
acabaram adquirindo tambm um terreno no vilarejo de Albano,
local do primeiro milagre e a construram uma capela tambm
dedicada a Nossa Senhora das Rosas.
A devoo de Nossa Senhora das Rosas atravessou sculos e reascendeu-se com por ocasio da difuso da epidemia de clera, em 1855. O proco de Albano no s exortou a populao a recorrer Nossa Senhora das Rosas, mas fez um voto de erigir no local onde estava a capela, um Santurio em sua homenagem, caso cessasse o contgio. O contgio cessou em 20 de setembro de 1855, iniciando-se a construo do santurio com aclamao unnime da populao local. Nossa Senhora das Rosas celebrada no dia 04 de Janeiro, conforme decreto pontifcio firmado em 1877 pelo Papa Pio IX. * * * * * * * * * * Referncias bibliogrficas: - Baseado na histria contida no site Maria de Nazar, original em italiano, no endereo: https://mariadinazareth.it/apparizione%20albano%20sant'alessandro.htm |