Beato Jos Allamano  

                      Ordens religiosas da Igreja

 

FUNDADOR DO INSTITUTO MISSIONRIOS DA CONSOLATA - IMC

INSTITUTO DA CONSOLATA PARA MISSES ESTRANGEIRAS

 

                                               A congregao foi fundada pelo Beato Jos Allamano, na cidade de  Turim - Itlia, no dia 25 de janeiro de  1901, cujo objetivo era infundir ao prprio zelo pela salvao dos irmo numa dimenso universal, no envio de missionrios para os pases mais pobres do mundo.  Tambm fundou um segmento feminino (Missionrias da Consolata), dentro do mesmo carisma  e  empenho de  evangelizao mundial. O ttulo "Consolata" uma homenagem prestada pelo fundador Nossa Senhora da Consolata, de quem era devotssimo filho. Jos Allamano faleceu em 16 de fevereiro de 1926 e foi beatificado em 07 de outubro de 1990, pelo Papa Joo Paulo II. 

MISSIONRIOS DA CONSOLATA 

Artigo:  Por  Padre  Lus Toms - Superior Provincial  de Portugal

Redigido por ocasio do Centenrio da Fundao, em 29/01/2001

Fonte:  https://ecclesia.pt/destaque/consolata.htm 

 

                                                    "No prximo dia 29 de Janeiro de 2001 o Instituto Missionrio da Consolata celebra o seu primeiro centenrio. Nasceu mesmo na passagem do sculo XIX para XX, em Turim, no norte da Itlia, num perodo em que um surto de grande entusiasmo missionrio atravessava a Europa.

                                                    Faltava ento arquidiocese de Turim, ao lado das grandes obras de impacto social como o Cottolengo e de irradiao mundial como a de Dom Bosco, e muitas outras de grande valor eclesial, uma expresso missionria altura. A fundao deste instituto veio num momento feliz ao encontro dessa ambio diocesana. Dois fatores pesaram diretamente na deciso do Fundador, o Beato Jos Allamano: por um lado a sua profunda devoo a Nossa Senhora da Consolata, de cujo santurio - desde h sculos o verdadeiro corao mariano de todo o Piemonte - foi reitor mais de quarenta anos seguidos; foi da que ele afirma ter recebido inspirao e fora. Depois, a busca de uma sada digna e vlida para os sacerdotes jovens que ele via em perigo de ficarem asfixiados no circuito pastoral restrito da diocese. De fato a primeira fase de organizao do Instituto contemplava, para os interessados e generosos, um perodo de servio missionrio fora e subseqente reintegrao na diocese. Uma espcie de "fidei donum" ante litteram.

                                                    O primeiro campo de evangelizao foi em terreno "virgem": num territrio ainda no tocado pela ao de outros missionrios, no corao do Qunia, na frica Oriental, e no seio de uma tribo que se revelou timo parceiro para a inaugurao de um novo mtodo de trabalho missionrio. Porque disso efetivamente pareceu tratar-se. A total inexperincia e o indomvel entusiasmo dos missionrios novatos, por um lado, e a curiosidade e acolhimento dos Kikuyu, por outro, juntaram-se para forjar um estilo de fazer misso que na poca causou alguma surpresa e no poucas crticas sua volta, mas que o Instituto veio a assumir como patrimnio e caracterstica prpria e adotar nos outros territrios aonde levou a sua ao. Uma combinao fecunda, mas nada fcil de definir ou equilibrar nas respectivas propores, entre evangelizao, na sua vertente pastoral, e promoo humana, na vertente das iniciativas para o desenvolvimento. Esta dupla componente estava j refletida na primeira equipe constituda paritariamente por sacerdotes e leigos. Foi a partir da observao deste mtodo e da sua avaliao positiva que o jovem Instituto recebeu da Santa S, atravs da Congregao de Propaganda Fide, j em 1909, a sua aprovao definitiva.

                                                    Pouco a pouco, com o crescimento da presena em campo e a exigncia de assegurar continuidade s obras, intensificou-se o esforo de preparao constante, metdica e autnoma de missionrios para enviar, sem depender, como inicialmente, dos voluntrios entre o clero diocesano. Quase naturalmente, sob a guia atenta e segura de Jos Allamano, a fundao tomou o formato de congregao religiosa missionria com a vocao exclusiva de "ad gentes" ou primeira evangelizao. Como resposta a uma necessidade paralela, a da componente feminina na evangelizao, considerada imprescindvel desde o incio, a famlia alargou-se com a fundao das Irms da Consolata em 1910.

                                                    Ao Qunia vieram juntar-se a Etipia, Somlia, Tanganyika e Moambique, num contnuo esticar de foras at ao limite. As duas guerras mundiais impuseram jovem congregao um pesado tributo em pessoal e ritmo de trabalho. Na primeira guerra foi a incorporao e as vidas ceifadas; na segunda, devido sobretudo nacionalidade italiana dos membros, foi o internamento em campos de concentrao que levou o trabalho missionrio quase paralisao.

                                                    A retomada no ps- guerra deu-se em moldes novos, com um decidido esforo de alargamento quase simultneo ao Brasil, Colmbia, Argentina, Estados Unidos e Canad, no intuito de chegar a uma internacionalizao do pessoal. Na Europa a abertura comeou por Portugal, a que se seguiu a Inglaterra e mais tarde a Espanha e Irlanda. A expanso para novos territrios de evangelizao prosseguiu na frica com o Zaire, Uganda, frica do Sul e a Costa do Marfim, na Amrica com presena entre os ndios da Amaznia.

                                                    O Instituto tem acompanhado e refletido na sua prpria vida e organizao os impulsos vindos do Conclio Vaticano II sobre a evangelizao e a maneira de a interpretar e aplicar num mundo em contnua, profunda e cada vez mais acelerada mudana.

                                                    A internacionalidade da congregao, com membros de 22 pases, hoje uma realidade e tende a afirmar-se: o eixo de crescimento deslocou-se nitidamente da Europa para a Amrica Latina e sobretudo para a frica. As situaes de primeira evangelizao perderam a sua conotao geogrfica para reaparecerem em veste scio-cultural, dispersas em todos os continentes. A Europa viu surgir dentro de si espaos de misso ad gentes e os Missionrios da Consolata no querem fechar os olhos a essa realidade; esto j a refletir sobre como dar resposta aos novos desafios que se lhes apresentam aqui, como as causas gritantes de Justia e Paz, as novas pobrezas urbanas e as minorias tnicas. Outro grande passo vai ser a abertura de uma nova frente na sia, para juntar experincia de misso como dilogo inter-religioso, iniciada h 10 anos na Coria. A entrada dos leigos na evangelizao ao lado dos missionrios num regime de partilha do carisma e da espiritualidade o dado mais recente num percurso aberto novidade e ao do Esprito Santo.

                                                    Consolados com os sinais de vitalidade do carisma e preocupados por encontrar-lhe em cada momento expresso fiel e adequada, os Missionrios da Consolata celebram os seus primeiros e ricos cem anos de misso pensando em como tornar igualmente fecundo o prximo sculo.

P. Lus Toms
Superior Provincial

Cronologia da Congregao 

1851 (21 de Janeiro ) - nasce em Castelnuovo de Asti, norte da Itlia, Jos Allamano, sobrinho materno de S. Jos Cafasso.
1862-66 - freqenta o colgio dos Salesianos em Turim e tem Dom Bosco como mestre e diretor espiritual
1873 - ordenado sacerdote, nomeado prefeito no seminrio, freqenta a universidade e forma-se em Teologia.
1880 - nomeado reitor do Santurio de N S da Consolata de Turim
1901 (29 de Janeiro) - funda o Instituto Missionrio da Consolata para sacerdotes e irmos leigos
1902 - envia os primeiros quatro missionrios para as misses do Qunia
1908 - abre o seminrio menor e aceita os primeiros adolescentes
1909 - o Instituto recebe a aprovao definitiva da Santa S
1910 (29 de Janeiro) - funda o Instituto das Irms Missionrias da Consolata
1913 - envia o primeiro grupo de 15 irms da Consolata para as misses do Qunia
1919 - os Missionrios da Consolata estendem a sua atividade ao Tanganyika (hoje Tanznia)
1922 - 1 Captulo Geral
1923 - Jos Allamano celebra 50 anos de sacerdcio e v-se envolvido em grandes manifestaes de carinho e reconhecimento
1925 - os missionrios da Consolata entram em Moambique e comeam a trabalhar na Zambzia.
1926 (16 de Fevereiro) - o Fundador morre em Turim
1943 - os Missionrios da Consolata estabelecem-se em Portugal, com a vinda do P. Joo De Marchi
1944-48 - incio de atividade em: Argentina, Brasil, Colmbia, Estados Unidos e Canad
1950 - votos religiosos dos primeiros missionrios portugueses
1954 - ordenao do P. Manuel Carreira, primeiro Missionrio da Consolata portugus
1988 - os Missionrios da Consolata entram na sia com a abertura da primeira comunidade na Coria.
1990 (7 de Outubro) - Beatificao do Fundador Jos Allamano
1996 - abertura da primeira misso na Costa do Marfim
2000 - partem para Moambique os primeiros Leigos agregados aos Missionrios da Consolata.

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TPICOS RELACIONADOS

Instituto Missionrios da Consolata Irms Missionrias da Consolata

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Fonte:   https://ecclesia.pt/destaque/consolata.htm

Obs:  Os textos dos arquivos originais foram convertidos para portugus/Brasil.