Santo Alberto de Jerusalm  

Comemorao litrgica: 08 de abril  - Tambm nesta data:  Santos:  Edsio, Valter de Pontoise e Santa Mxima

                      Ordens religiosas da Igreja

LEGISLADOR DA ORDEM DOS CARMELITAS

 

                                       Santo Alberto, dos patriarcas de Jerusalm um dos mais eminentes, era natural da Itlia,  descendente de  uma nobre famlia do  ducado de Parma.  Jovem  ainda  e  com a  preocupao de salvar a inocncia, fez-se  religioso e  entrou  para o convento dos Cnegos de Santo Agostinho, em Mortara, os quais, depois de alguns anos, o elegeram prior  da comunidade religiosa.  Passados trs anos, foi indicado para bispo de Bbbio.  A modstia e  humildade, porm,  no lhe permitiram aceitar esta dignidade.  Poucos anos se passaram  e  a  vontade do Papa Lcio III prevaleceu, nomeando-o bispo de Vercelli, e durante o espao de  vinte anos Alberto administrou aquela diocese.  Rigoroso contra si prprio, era condescendente para os sditos;   incansvel no cumprimento dos  deveres, era dedicado s obras de penitncia, orao e caridade.  Esprito muito conciliador, era Alberto o indicado para servir de rbitro em questes de litgio.  Assim o imperador Frederico Barbaroxa se valeu dos seus bons servios junto S Apostlica em Roma.  Devido a  sua interveno, cessou uma antiga inimizade entre as  cidades de Parma e  Piacenza.

                                        A fama de sua santidade tinha chegado at a  Sria.  Quando vagou a  S  patriarcal de Jerusalm,  o clero daquela cidade concentrou os votos em Alberto para sucessor do Patriarca falecido.  O Papa Inocncio III  no s aprovou a eleio, mas ainda insistiu com o eleito para que a aceitasse, fazendo-lhe ver que as condies em que se achava a Terra Santa, requeriam um brao forte, se no se preferisse o desaparecimento do cristianismo, diante da presso fortssima dos  maometanos.  Alberto, obediente voz do Sumo Pontfice, entregou a administrao da diocese a  um sucessor,  apresentou-se ao Papa e  de Roma  foi para a Palestina.  Estando Jerusalm sob o domnio dos sarracenos, o bispo da metrpole, fixou residncia em Acra.   Antes de mais nada, procurou conhecer bem a situao da Igreja naquele pas.  Com oraes e jejum pediu a luz de cima, para acertar com os meios de  socorrer a  cristandade nas suas necessidades. Deus iluminou-o e abenoou-lhe nos trabalhos, de um modo palpvel.  Grande nmero daqueles que tinham abandonado a f, voltaram ao seio da Igreja, e outros, transviados no caminho do pecado e do vcio, contritos se  converteram.  A palavra,  mas antes de  tudo a  santidade  do  bispo,  fizeram com que gozasse do maior  prestgio, no s entre os cristos, mas ainda entre os inimigos da  cruz, os sarracenos, o que  muito concorreu para a situao da Igreja tornar-se bem mais tolervel.  

                                       Alm dos trabalhos pastorais, incumbiu-se Alberto da  redao de  uma regra da  Ordem do Carmo.  Os Carmelitas eram eremitas, que moravam no monte Carmelo.  Tinham  por padroeiro o  profeta Elias,  que com os seus discpulos habitara no mesmo lugar.  A regra que Alberto lhes deu, um documento de  sabedoria e  prudncia.  Desde aquele tempo, comeou a  Ordem a  tomar grande incremento. 

                                       Oito anos durou o patriarcado de  Alberto na Palestina.  Estimado por todos, surgiu-lhe um inimigo, na pessoa de um malfeitor, natural de Caluso, em Piemonte.  Alberto, vendo o mau procedimento daquele homem, tinha por diversas  vezes, por meios  persuasivos, procurado afasta-lo da senda do crime.  Mas, em vez de se  emendar, a vida tornou-se-lhe cada vez mais escandalosa,  chegando ao final o ponto de merecer a pena de excomunho, com o que o patriarca o ameaou. Exasperado com a justa energia do Prelado, jurou tirar desforra.  Na festa da Exaltao da Santa Cruz, quando o Patriarca, rodeado de muitos representantes do clero, exercia as altas funes de oficiante do religioso, o criminoso penetrou no recinto sagrado e apunhalou-o. Alberto morreu quase que instantaneamente, pranteado pelos fiis que o veneravam como Santo, isto no ano de 1214. 

 Reflexes

 O exemplo de Santo Alberto ensina-nos como devemos santificar os primeiros momentos do dia. Com a orao nos lbios, saudava a luz do novo dia, convencido de que nada de bom este podia trazer-lhe, sem que Deus o tivesse abenoado.  Ao acordares, aconselha S. Boaventura -  oferece ao Senhor as primcias dos teus pensamentos e afetos.  Muita coisa depende desta oferta matutina. O demnio disputa para si estes  momentos preciosos, sabendo muito bem que deles, e o modo de pass-los, depende o dia todo. A orao da manh coisa que ningum deve dispensar.  Ningum venha dizer que lhe falta tempo para rezar.  Tendo tempo para as refeies, para as conversaes e para os divertimentos, no se deve dizer que para rezar, tempo nenhum sobra.  Quanto maior for o trabalho, quanto mais pesada a responsabilidade,  tanto mais precisamos da graa divina.  Fiquemos certos de uma coisa:  Sem a graa de  Deus, nada faremos;  sem a sua bno, o nosso trabalho nada vale. Em tudo e para tudo, precisamos da assistncia divina.  Antes do sol nascer, vos agradecerei, Senhor;  ao amanhecer dou-vos louvor (Sab 16,28).     

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   Referncias bibliogrficas: 1. Na luz Perptua,  5.  ed., Pe. Joo Batista Lehmann, Editora Lar Catlico - Juiz de Fora - Minas  Gerais,  1959.    2. Orao das Horas - Editora Vozes, Paulinas, Paulus e Ave-Maria, 1996.