Beata Maria Domingas Brun Barbantini

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Fundadora das Irms Ministras dos Enfermos (Camilians)

       

 

 

                                        Atravs de um convite de amor apaixonado, exprime-se a sntese da vida de Maria Domingas Brun Barbantini. Nascida em Lucca, a 17 de fevereiro de 1789, filha de Pedro Brun e Giovana Granucci. Ficou rf do pai aos 12 anos de idade, tendo a partir disso, crescido sob a orientao afetuosa e inteligente da me, que soube imprimir na filha as mais belas  virtudes crists, tornando-se um exemplo de resignao e santidade diante das adversidades com que deparou-se  durante a vida. 

                                        Ao alcanar a juventude,  destacou-se  como uma mulher brilhante,  generosa e cheia de zlo cristo. Foi nesta poca que enamorou-se com o jovem Salvador Barbantini, que a pediu em casamento aps nutrirem grande amor um pelo outro. 

                                        Subiram ao altar no dia 22 de abril e trocaram as alianas diante do Senhor.  No seu sexto ms de casamento, este projeto de amor foi quebrado pela morte sbita do seu cnjuge muito amado. Foi nesta ocasio que, golpeada, aceitou os desgnios da Providncia Divina, exprimindo a sua dor a Jesus crucificado, sob a promessa de que intensificaria sua vida crist e que no contrairia novo matrimnio: "Tu, sers nico, meu Cristo Crucificado, sers o meu bem, doravante  meu nico e verdadeiro amor, a minha nica delcia".   Viva e espera de uma criana que viria a morrer aos oito meses de gestao, Maria Domenica foi novamente atingida pela dor e pela angstia e apesar disso,  jamais vislumbrou-se nela qualquer resqucio de revolta.  Pelo contrrio.  Intensifica os propsitos firmados pela ocasio da morte do marido e  entrega-se total e incondicionalmente ao servio dos pobres,  pacientes e infelizes.  A sua maternidade humana amputada, desenvolve-se numa maternidade mais profunda, santa e universal. 

                                        Os pobres enfermos abandonados de sua cidade,  tornam-se objeto de seu prometido amor.  No consagra somente sua ternura aos que sofrem,  mas exprime tambm diversas atitudes concretas de misericrdia, sempre absolutamente unida  e guiada pela Santa Igreja de Cristo,  que ama com uma afeio filial, servindo-a com ardor extremo.

                                        Dotada de qualidades especficas, participa em Lucca, das atividades do Mosteiro de Santa Maria da Visitao, destinado educao dos jovens;  incumbida de organizar a catequese e sua dedicao permite que venha a  fundar um instituto para as crianas abandonadas. Por tamanha dedicao e destaque, foi-lhe confiada a responsabilidade de reforar e tambm reformar diversas atividades apostlicas e educativas. Porm, o que efetivamente marcou sua vida, e que a definiria como verdadeiro dom de Deus em favor da humanidade, seria a fundao do Instituto Religioso das Irms Ministras dos Enfermos.   Tal projeto teve incio  no ano de 1829 quando,   reunindo em torno de si algumas jovens donzelas pobres, em sua maioria doentes de sade frgil, realizou prodgios de caridade cabeceira dos pobres moribundos e abandonados, carisma maternal que atraiu uma grande quantidade de outras jovens quele grmio de apostolado cristo.    

                                        A obra atravessou dcadas, com diversas moas aplicadas e dedicadas ao apostolado santo das regras escritas pela fundadora.  Finalmente, no dia 05 de agosto de 1841, o arcebispo da cidade de Lucca aprovou a Regra escrita por Maria Domingas e erigiu uma comunidade em Instituto Religioso Diocesano.       Mulher de f, sempre empenhada  no cumprimento e realizao concreta da vontade de Deus,  Maria Domingas  imps-se na histria como sinal proftico dos novos tempos. Ainda naquele ano, o Santo Padre dirigiu-se  s mulheres, pedindo que fossem  "educadoras da paz",  indicando nela uma proposta de vida e modelo mulher de hoje, diante de seu exemplar modelo de esposa e me amorosa, fundadora e religiosa, virtuosa, de soberana espiritualidade. 

                                        Sempre ensinou s suas raparigas a progredirem prximo sofredores, em especial aos enfermos, tratando da doena, valorizando o sofrimento, gostando da vida, anunciando na histria o rosto materno de Deus, no esprito do paternal, carinhoso e caridoso de So Camilo de Lellis, que foi perfeito modelo santidade e servio ao prximo, base da inspirao para a fundao desta congregao Camiliana, presente e  atuante em diversas  partes do mundo.  Maria Domingas entregou sua alma a Deus no dia 22 de Maio de 1868.

Reflexes:

Entender o significado da cruz, no uma tarefa fcil de ser assimilada pelas mentes obscurecidas pelas comodidades que o mundo oferece. No toa que a doutrina da cruz era vista pelos judeus como "escndalo", e pelos gentios "loucura".  

S entende a doutrina da cruz, quem entendeu o Evangelho, e aceita com resignao duras provaes como graas  que descem do alto.  Cristo no costuma se revelar na alegria e na opulncia. O semblante de Cristo torna-se mais ntido ao cristo,  tanto maior o sofrimento que prova.  

Maria Domingas, ao invs de revoltar-se ou entregar-se profunda amargura, aceitou pacientemente os duros golpes pela perda do marido e do filho. dor muito grande a perda de um ente querido. Mas certamente no existe dor mais profunda do que a perda um filho, que foge lei natural da vida.  prova durssima aos pais, aceitar a triste circunstncia de ter que sepultar um filho. Ningum jamais poder assimilar a intensidade desta dor.  Esta circunstncia trgica, remonta o Velho Simeo, quando dirigiu-se Nossa Senhora com a profecia: "Uma espada transpassar a tua alma".  Era a profecia da profunda dor, inimaginvel pela mente humana, que Nossa Senhora iria sentir ao contemplar o Filho agonizando na Cruz.   Cruz que nos consola, que nos santifica, que nos salva. O smbolo da cruz, estampado na parte frontal do hbito camiliano, na cor vermelha, expressa perfeitamente no s a cruz do sofrimento, mas a cruz da caridade, a cruz da confiana, a cruz da salvao.  Maria Domingas a tomou por smbolo, agarrou-se a ela na hora em que Deus colheu suas nicas belas flores. Ela entendeu que Deus as tomou para si no tempo certo.  Hoje, Maria Domingas, seu marido, seu filhinho,  as irms que agregaram-se ao primeiro instituto e todos os povos daquela gerao, contemplam  l da  Eternidade o belo e imenso  jardim da Ordem das Irms Ministras dos Enfermos.

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Referncias:  

          Traduzido,  sintetizado e adaptado por Pgina Oriente do original em francs, atravs do site dos camilianos na Frana https://famille.camillienne.free.fr/