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Livro Oriente       <<  ARTIGO V   >>       Carlos Mariano

        

 

 

Isto meu corpo que dado por vs -

  Hoc est corpus meus, quod pro vobis datur...

 

 

 

 

                                                  

                                                

                                                

                                                Quando Jesus na ltima ceia, instituiu o Sacramento da Eucaristia, Lucas registra que Ele pegou o po, deu graas, partiu e distribuiu aos seus discpulos, dizendo: Isto meu corpo que dado por vs; depois, pegou o clice e disse: Bebei dele todos, porque este o meu sangue do Novo Testamento, relata Mateus e arremata com Marcos: No mais beberei deste fruto da vide at quele dia em que o beberei de novo no reino de Deus. Realizao plena, do que fora consignado por Joo no captulo sexto, versculos vinte e seis e seguintes, do Evangelho segundo o mesmo So Joo. Oh, maravilha das maravilhas, acabara de ser estabelecido o Mistrio da f: O Santssimo Sacramento!

 

                                                Para saborearmos, vislumbrando a profcua grandeza do Sacramento, posto que nem todo mistrio um Sacramento, todavia, todo Sacramento um Mistrio, devemos recorrer ao captulo primeiro do Livro do Gnesis: E a terra produziu erva verde e que d semente segundo a sua espcie; tanto flora quanto fauna, dependem do SEMEN, da semente, ou do enxerto, do transplante para se reproduzirem, sem o que no h transmisso de vida. O Sacramento, vai muito alm da vida trivial: a vida e a vida em abundncia, transmitida por Nosso Senhor Jesus Cristo: Porque o po de Deus o que desceu do cu e d vida ao mundo. O Sacramento nos une, nos enxerta na Divindade. Uma a carne do peixe, outra a carne do animal; uma a carne do homem terreno, outra a carne do homem celestial; nos esclarece, afirmando, So Paulo.

 

                                                Marco Tlio CCERO, o grande orador, pensador e escritor romano, quando perguntado por que no cultuava os deuses, filosoficamente respondia: Os deuses esto  muito l em cima e ns muito c embaixo, no mantemos comrcio com eles. Inconscientemente, o preclaro orador, aspirava pelo EMANUEL , o Deus conosco. Tal qual os planetas, que iluminados pelo sol, no se do conta; Ccero, iluminado por Jesus, morreu sem disso se aperceber, posto que lhe faltou a graa de ler o Evangelho, segundo So Joo: O Verbo era a luz verdadeira que ILUMINA todo homem, que vem a este mundo (Cf. Jo I, 9).

 

                                                SCRATES, mestre de Xenofonte e Plato e que viveu, aproximadamente, quatrocentos anos antes de Cristo, repetia: S sei o que nada ou, mais precisamente: S sei que nada sei. Falava, no com a humildade dos santos, mas com a humilhada racionalidade dos sbios; de vez que, quanto mais se sabe, mais se descortina o infinito do que ignoramos. Porm, o cristo, por menos dotado que seja sabe, com toda segurana, que Jesus ressuscitou. Considera a tua grandeza, cristo! Cai de joelhos, agradece, adora Jesus Sacramentado; lembrado que: Um cristo de joelhos, v mais longe, que um filsofo na ponta dos ps.

 

                                                O homem deve partir: do indispensvel para o necessrio; do necessrio para o til e finalmente do til para o agradvel. o que nos ensina Jesus, quando nos adverte: Que aproveita o homem, ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma? Que proveito se arrogar telogo, quem desconhece o catecismo? Aventurar-se aos oceanos, quem no aprendeu a remar, velejar e nadar beira-mar?

 

                                                TALES, de Mileto, um dos sete sbios da Grcia antiga, sabia de cor e salteado todo o sistema do Zodaco, constelaes boreais: a Ursa Maior e a Menor. Numa noite estrelada, aquele que era sbio, espiando e notificando o planetrio, no percebeu um buraco e l caiu. Conhecia, a olho nu, todo o sistema estelar e por desconhecer o jardim de sua casa, quebrou o pescoo e morreu. Que aproveita o homem, ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma?  Saber muito bom;  ser sbio deve ser muito melhor; desconhecer o abec da vida: uma tragdia.

 

                                                 A sabedoria popular figura, magistralmente, a necessidade do saber partindo do elementar, pela historieta do arrogante intelectual, que na travessia de um rio, manteve com um velho e humilde balseiro, o seguinte dilogo:

                                            __  Leste, Hamlet de Shakespeare?

                                            __  No;  nem sei o que isso, chefe.

                                            __  Perdeste um tero da tua vida. Mas o que sabes dos clssicos?

                                            __  Nada no, chefe.

                                            __  Perdeste dois teros da tua vida.

                                                 Nisso, arma-se um temporal. O vento forte empola as guas do rio, a velha barcaa comea a fazer gua. Vai afundar.

                                            __  O "chefe" sabe nadar?  Pergunta o barqueiro.  

                                            __  No. No sei!  Responde o intelectual um tanto espavorido.

                                           __  Acho que o "chefe" perdeu toda a sua vida.  Desforrou-se, matreiramente, aquele que do agradvel nada sabia, porm, aprendera o indispensvel.    

                                                O velho barqueiro joga-se n'gua, com precisas e seguras braadas atinge a margem oposta. Enquanto que o pedante intelectual, agarrado ao que restava da desconjuntada balsa, no se sabe onde parou.  

 

                                                 A propsito, o padre Joo Colombo nos diz: Quem desejando ser sbio, desprezou o Evangelho para estudar outros livros, no compreendeu nem mesmo aquilo que at as crianas compreendem. Sbio, sem catecismo, esttua de bronze, com ps de barro. Isto, o que o padre Joo Colombo, que era genial, nos quis transmitir.  Que aproveitar a um homem, ganhar todo o mundo se vier a perder a sua alma? (Cf. Mt XVI, 26). Salvar a alma, o indispensvel, tudo o mais nos ser dado por acrscimo. Justia Social, sem catecismo, preceito humano.

 

                                               Intelectualizar-se uma necessidade religiosa, social e poltica;  nesta ordem. Caso contrrio, Nossa Senhora em Ftima, alm de predizer a ascenso, queda do comunismo ateu e triunfo do Seu Imaculado Corao, no teria aconselhado, particularmente Lcia, que aprendesse a ler.

 

                                                A Cincia, um dos sete dons do Divino Esprito Santo, adquire-se atravs da leitura e MEDITAO. Ler, sem meditar, engolir sem mastigar. Difcil, para no dizer impossvel, seria atender ao mandado de Jesus: EXAMINAI as Escrituras... (Cf. Jo V, 39), quem no soubesse ler. EXAMINAR, saber ler e requer estudo, exame, MEDITAO.

 

                                                O expoente da Lngua Nacional, o maior entre os grandes fillogos brasileiros, Rui Barbosa, registrou: Ler vulgar, meditar raro. Porm, muito antes de Rui Barbosa, h quase dois mil anos, So Lucas estampou no seu Evangelho: Maria  conservava todas estas coisas, MEDITANDO-AS  no Seu Corao (Cf. Lc II,19). Maria, o primeiro Sacrrio de Jesus. Maria, o SACRRIO que circundou o Homem (Cf. Jer. XXXI, 22); O Sacrrio mor, dos Sacrrios de Jesus Sacramentado.  Peamos o dom da meditao, quela que a Sede, a Matriz  da  Sabedoria.

 

                                                Todo Sacramento um Mistrio; nem todo mistrio um Sacramento. Mas, o que vem a ser, propriamente, um Sacramento? Existe o vocbulo sacramento na Bblia? E a que vem agora esta pergunta? A narrao que segue, por si se explica.

 

                                                H algum tempo, num programa de televiso, participavam representantes de vrias seitas religiosas, espritas, pai de santo, um pastor evanglico e um padre catlico. Cada qual, puxando a brasa para a sua sardinha, tentava suplantar o outro, numa seleta barafunda.Vai da, que ningum dizia coisa com coisa. No auge da tragdia, o pastor protestante passa s mos do padre catlico uma Bblia e alto e bom som, requer do padre catlico, que lhe mostre na Bblia onde se encontra a palavra sacramento.

 

                                                 Convenhamos que no h de ser fcil, enfrentando luzes e cmeras de televiso, manter uma serenidade real, por trs de uma ensaiada serenidade aparente. Ser realmente natural, frente a milhares de telespectadores, quando o crebro est a mil por hora, faanha herclea. Pretendo justificar com isto, o branco que deu no nosso padre.

 

                                                 O representante catlico hesita, no consegue coordenar o pensamento, passa a Bblia de uma mo para a outra, guisa de batata quente e, o tempo escoa e o nosso padre moita. Foi um vexame. A Bblia foi devolvida ao pastor, pelo padre, indisfaradamente contrafeito, sem maiores nem menores explicaes. Foi uma tristeza. Esses brancos, esses lapsos de memria, ocorrem, geralmente, em  momentos que no deveriam ocorrer; em tais  momentos no poderiam  nunca ocorrer. E ocorrem!

 

                                                 Como dizamos acima: Todo Sacramento um Mistrio; nem todo mistrio um  Sacramento. Quando se desconhece o significado de uma palavra, o volume prprio que traz a significao no a Bblia e sim o Dicionrio; que assim define Sacramento: Ato religioso de INSTITUIO DIVINA, para santificao da alma. Logo o Sacramento no uma inveno da igreja, mas, criao Divina. S Deus pode executar um Sacramento. O homem serve de ducto, de um mero canal, para santificao da humanidade.

 

                                                 No h quem possa acrescentar nada, tampouco subtrair coisa alguma ao dom prprio de cada Sacramento. Se a distribuio da Santssima Eucaristia, ocorrer por mos de Sua Santidade o Papa, verdadeiro representante de Cristo na terra, ou pelo mais nfimo dos cristos, nem aquele soma, nem este ltimo diminui, grandeza infinita inerente ao Sacramento, o que quer que seja. No Sacramento reside: O MISTRIO DA F.

  

                                                 Cumpre esclarecer que, apesar do pastor e do padre terem ignorado, existe um local no Novo Testamento, precisamente na Carta aos Efsios, captulo cinco, versculo trinta e dois, que traz explcita a palavra sacramento: SACRAMENTUM hoc magnum est; ego autem dico de Christo et ecclesia - Este SACRAMENTO  grande, mas eu o digo em relao a Cristo e a Igreja. O Sacramento grande a que So Paulo se refere, o do matrimnio, citado no versculo anterior, que o Apstolo das gentes, relaciona com Cristo e Sua Igreja: no sentido Esposo e Esposa.

 

                                                Por outro lado, a maioria das Bblias atuais, sejam catlicas, sejam protestantes, aps um conluio de lideranas, num inequvoco jogo de compadres e comadres, concluram por bem,  substituir o termo SACRAMENTUM por  MYSTERIUM, dentre outras adulteraes, com a finalidade  de  provarem ao mundo que a Igreja no to radical quanto propalam. Moiss, sentiu na carne as mesmas  presses e acabou por ceder, dando ao povo judaico o libelo de repdio. Jesus condenou a Moiss, por essa aparente fraqueza? Absolutamente. Vejamos o que diz Jesus: Porque Moiss, por causa da DUREZA DO VOSSO CORAO, permitiu-vos repudiar vossas mulheres; mas no PRINCPIO no foi assim (Cf. Mt XIX, 8). Se Jesus no condenou Seu profeta, muito menos h de condenar o Seu representante na terra; mas ai de ns por causa da dureza dos nossos coraes; ai daqueles, para serem simpticos turbamulta, se valem de presses, adulterando a palavra de Deus. Afora o especificado, em que pese a malcia, as demais substituies, neste particular, pouco influem, pois numa ltima anlise, sacramento e mistrio so sinnimos entre si.  O que existe de triste, a confuso advinda, pelo exerccio da maldade. Maldade que exorbita,  atingindo raias da loucura, ao estabelecer relao entre pedfilo e tarado. 

 

                                                 A confuso generalizou-se em conseqncia dos setenta anos do imprio do comunismo ateu, num trabalho sistemtico em espalhar os seus erros pelo mundo, conforme prognstico de Nossa Senhora em Ftima; o Conclio Vaticano II, caiu como uma luva para os ento progressistas e  atuais  retrgrados. A esquerda militante formou uma baralhada sem precedentes, a ponto de Sua Santidade o Papa Paulo VI, de saudosa memria, exclamar: Esto desmoronando a igreja. O embaralhamento atingiu o auge com a teologia  boff-ista, que arregimentou, comprometedoramente, cardeais, bispos, padres, religiosos, leigos, todos a servio de Fidel Castro. Viveu-se um pandemnio. Ainda padecemos os extertores da maligna serpente. Suas rabanadas at agora levantam poeira; nada alm de poeira. Hoje o telogo quiromante; trocou sua teologia pela quiromancia; pois com a queda do muro de Berlim e posterior falncia do capitalismo estatal, que financiava as orgias polticas de Fidel, o telogo evoluiu; teologia marxista, sem o correspondente financiamento, no h quem agente. Se ao invs de sobraar, divulgando, quele calhamao O CAPITAL de Karl Marx, tivesse aprendido de Jesus: Se vs permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discpulos, conhecereis a Verdade e a VERDADE vos libertar (Cf. Jo VIII, 31), no teria propalado Lenine, pai do comunismo russo que, paradoxalmente, dizia: Uma mentira repetida mil vezes, transforma-se em verdade. Os fatos provaram o contrrio, pois as mentiras de Lenine, apesar de terem-se sustentado, por setenta malfadados e longos anos, a poderosa Unio das Repblicas Socialistas Soviticas, implodiu. Convenhamos, no deixou de ser uma faanha; com conseqncias, mundialmente, catastrficas. Nossa Senhora, em 1917, meses antes da revoluo bolchevista, havia predito em Ftima: A Rssia espalhar seus erros pelo mundo. As mentiras ainda campeiam e ns, os catlicos, as estamos degustando, amargamente.

 

                                                Sobre os setenta anos de durao da nefasta doutrinao marxista, fonte de inspirao de  uma teologia no menos funesta,  h os que imaginam e anunciam que  o cristianismo,  tal qual as corriqueiras  doutrinas, tem um tempo de durao, dois mil anos, no caso. A doutrina de Jesus, tem uma particularidade inigualvel: ETERNA. A promessa do esmagamento da serpente, nos vem do Paraso; em conseqncia do erro; do pecado, ocasionando a queda de Ado e Eva. A doutrina de Jesus no nasceu no tempo: projetou-se  ao tempo. No julgueis  que vim abolir a lei e os profetas, NO os vim destruir, MAS SIM PARA OS CUMPRIR (Cf. Mt V,17). So os profetas, inspirados por Jesus, que O credenciam. Ele no meramente nasceu como todos os homens: Ele VEIO ao mundo com a misso especfica de libertar o homem do pecado; do jugo de Satans: pai da mentira, do sarcasmo, do caos, da confuso. Jesus, no como ns outros, que no sabemos a que viemos. Nem Lao-Ts, nem Buda, nem Confcio, nem Maom, muito menos Zoroastro; nenhum deles foi preanunciado. Com Jesus o caso outro: Examinai as Escrituras, elas so as que do testemunho de mim (Cf. Jo V, 39). Jesus, de todos, o nico que possui credenciais. Por isso, Rui Barbosa, o gnio brasileiro, disse: Estudei todas as religies do mundo e cheguei a seguinte concluso: religio, ou a Catlica, ou nenhuma. E bom que se lembre que: estudar, requer o exame frio da matria predeterminada. Sem o que no estudo, palavrrio ensaiado, com a finalidade de angariar proslitos e assim aumentar o nmero de tolos, que pagam o escorchante dzimo. Atentem bem: Escorchante, enquanto PAGAMENTO. Pois o homem tem a liberdade de fazer dos seus proventos, o que lhe aprouver; evitando sempre as raias do perdulrio. Deus ama o que D com alegria, no ao que paga contrafeito. A doao sempre um ato de nobreza, de liberalidade; o pagamento, imposto. Abrao que era um homem nobre e liberal, ao ser abenoado por Melquisedec, DEU o dzimo de quanto possua (Cf. Gen XIV, 20). Quem paga, no faz mais do que a obrigao. Abrao no pagou: DEU. 

 

                                                Voltando ao fio da meada, j que o dzimo tratarei parte, cumpre lembrar que o termo cristianismo surgiu de um equvoco, em Antioquia. Esse equvoco generalizou-se, de tal forma, que h filosofias esquisitas que se ufanam, proclamando, com razo, serem mais antigas que os profetas e ao prprio Moiss. Filosofias de cinco e seis mil anos, antes de Cristo, anteriores a Abrao e ao Cdigo de Hamurabi. Vangloriam-se da antiguidade, os sectrios dessas filosofias orientais, por ignorarem a palavra de Jesus: Antequam Abrahan  fieret, Ego sum Antes que Abrao fosse (feito), EU SOU!. Jesus eterno: Gerado, no criado. O Verbo Eterno, feito carne, que habitou entre ns. Isto no utopia, tampouco quimera e nada tem de filosofia. registro, histria, cumprimento das Escrituras, crena na ressurreio de Jesus, sobre a qual, nunca demais repetir com So Paulo, o Apstolo das gentes: Se Cristo no ressuscitou,  v a nossa f.  Se Cristo no ressuscitou, ns somos os mais simplrios dos homens, os mais infelizes dos homens. A mentira, prevaleceria Verdade; a morte, Vida! Seria o caos. A razo estaria com Sardanapalo: Vive, ludibria, regala-te, pois o amanh nada!

      

                                                 Frente doutrina de Jesus, dever do homem manifestar-se a favor ou contra, jamais ser indiferente: Porque s morno, nem frio nem quente, comear-te-ei a vomitar da minha boca (Cf. Apoc. III, 16). Ai do indiferente; ai do morno! Isto porque, no existe coisa que fira mais profundamente, do que o desprezo ao Amor. Cristo Jesus, no morreu somente por ti, nem somente por mim, sequer somente pelos cristos. No morreu pelos pobres, nem somente pelos ricos, nem pelas doenas, muito menos pela sade passageira; no morreu pelo mundo, sequer pelo mundo rezou. Morreu pela causa primeira, origem desta balbrdia: O pecado original. Deste, a Igreja destaca sete efeitos principais: A avareza, a gula, a inveja, a ira, a luxria, a preguia mental e a soberba. Longe de Jesus ter vindo pelos efeitos, menos ainda pelo efeito da nossa poltica pobre e podre. Veio pelo pecado original, causa primeira desta podrido moral que vivemos. Causa mortal do universo visvel. Jesus, a cura radical, a cura pela raiz. Enquanto que ns, mseros mortais, outra coisa no fazemos, alm de radicalizar os paliativos, na impotncia de erradic-los, com eles convivemos, par e passo. Enganando a terceiros e a ns prprios.

 

                                                Enfim, por ocasio em que a ciberntica, a informtica, a robotizao, o sistema computadorizado que nos coloca toda informao em nosso lar, pela internet, que nos extasiam, vierem a se tornar to hilariantes quanto o cinema mudo e as cambalhotas dos pioneiros da aviao; nessa poca urea, o homem vivendo o pice da desenvoluo, ter atingido, por fim, a  soleira  dos primrdios, da Sabedoria e do Verbo Eterno de Deus. Oh, grandeza das grandezas, quo tarde te amei!, em conformidade com o santo Bispo de Hipona.

 

                                                Isto meu corpo, que dado por vs. Sem comunho no existe vida natural, conforme explicitou Fulton Sheen, transcrito no Artigo I desta srie. Sem comungarmos com o Senhor, no teremos a Vida em abundncia, prometida por Jesus e que Santo Agostinho define: Aquilo que chamamos vida, morte; a verdadeira Vida, a de Jesus ressuscitado.

 

                                                 Completando, o clebre Toms de Kempis na sua majestosa obra IMITAO DE CRISTO, assim define a comunho com o Corpo do Senhor Jesus: Todas as vezes que participamos deste Augusto Sacramento, recebemos em ns a Sabedoria, a Luz incriada, o Verbo Divino. A Palavra viva. Recebemos o Autor da Graa, o Consumador da f, o penhor imortal de nossa esperana. A Carne crucificada por ns incorpora-se em nossa carne, o Sangue que remiu o mundo, mistura-se com o nosso sangue. Um sculo santo estreita nossa alma bendita alma do Redentor. Sua divindade nos penetra e consome em ns, tudo aquilo que o pecado havia corrompido; o AMIGO FIEL repousa em nosso peito; pe-me como um selo sobre o corao, porque o amor mais forte que a morte,  no vemos seno o Amado, no temos outra vida seno a Sua e a tristeza da nossa peregrinao terrestre, desvanece-se nas alegrias do Cu.

 

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